Ao pensar em sushi, o primeiro pensamento é geralmente o saquê, e com razão. Conhecido como um vinho de arroz japonês, o saquê está mais próximo da cerveja do que do vinho. Mas, isso é outra história.
Sushi é um prato que possui origem numa antiga técnica de conservação da carne de peixe em arroz avinagrado. Quando se trata de harmonizar sushi com vinhos da Serra Gaúcha, lembre-se de que se trata de simplicidade e sabores delicados. Vinhos de baixo teor alcoólico com acidez cítrica são sempre uma boa opção.
Geralmente, os vinhos brancos, rosés e espumantes são mais utilizados para harmonizar com a culinária japonesa. Para combinar com o sushi, os vinhos feitos de uvas como Chardonnay, Riesling, Chenin Blanc e Sauvignon Blanc são uma boa pedida. Um vinho branco de alta acidez combina melhor com uma variedade maior de peixes.
Saquê e vinho combinam muito bem com sushi, mas nenhum é necessariamente é “melhor” que o outro. O saquê é certamente uma harmonização mais tradicional e familiar, mas assim como há uma infinidade de tipos de peixes para apreciar, há ainda mais estilos e expressões de vinhos da Serra Gaúcha para harmonizar com eles.
Os vinhos monolíticos e com alto teor alcoólico infelizmente não são amigáveis ao sushi. Níveis extremos de tanino e frutas irão fazer desaparecer completamente o sabor do peixe e os níveis elevados de álcool irão aumentar o calor.
Os peixes gordurosos precisam de maior acidez e taninos, enquanto os peixes mais magros precisam de vinhos mais macios e redondos. Ao emparelhar peixes simplesmente preparados, como o sashimi, o melhor é adicionar ácido para cortar a gordura.
O atum pode ser servido com uma variedade de vinhos da Serra Gaúcha, desde delicados a robustos, incluindo Borgonha branco, um rosé estruturado ou até mesmo um Pinot Noir com maior acidez se você preferir. Pratos mais leves, como hamachi, amaebi e hotate também combinam com esses vinhos.
Salmão é uma combinação fácil de lembrar: vá de rosa! Ou mais especificamente, um vinho rosé. Peixes fortes como a cavala precisam de um vinho para suavizar seu sabor robusto, assim sendo, um Moscato seco deixará o sabor da cavala muito mais delicado.
Frutos do mar cozidos, como carne de caranguejo e polvo marinado exige um vinho para complementar os sabores gordurosos e cheios. Vinhos brancos, particularmente Chablis e Riesling, funcionam bem com carne de caranguejo cozida. Ambos os vinhos são etéreos, com alta acidez e grande complexidade. Suas qualidades e baixo teor alcoólico combinam perfeitamente com o sabor do caranguejo.
Peixes gordurosos precisam de um vinho com alto teor de ácido para cortar toda essa proteína rica. As variedades brancas de alta acidez incluem Chardonnay, Riesling e Sauvignon Blanc. As variedades de vinhos tintos de alta acidez incluem Pinot Noir, Gamay e Nebbiolo.
O básico da combinação de sabores é realmente bastante simples (embora nem sempre seja fácil de realizar). Estes são os 6 perfis principais para trabalhar ao pensar em combinar qualquer tipo de comida com um vinho:
– A acidez do vinho combina bem com alimentos gordurosos e doces.
– Alimentos gordurosos precisam de um vinho ácido ou de alto teor alcoólico. Caso contrário, o vinho ficará flácido.
– O vinho amargo (também conhecido como tânico) pode ser equilibrado com alimentos doces.
– Salgado não deve competir com acidez em um vinho. Use com moderação conforme necessário para manter a nitidez na refeição.
– Alimentos/vinhos doces se beneficiam de um pouco de acidez.
– O álcool pode ser usado para cortar alimentos gordurosos ou equilibrar um prato doce.
Nada como uma taça de champanhe para cortar a gordura. Uma bebida com alto teor de ácido adicionará uma variedade de sabores interessantes a um prato pesado.
Ao combinar um prato com vinho, considere o equilíbrio do ácido entre a comida e o vinho. Se o vinho tiver menos acidez do que a comida, o sabor do vinho será achatado.
Amargo não combina com mais amargo, que é a principal razão pela qual não se harmoniza vinho tinto com chocolate amargo.